É hora de lembrarmos porque hoje em dia o parto tornou-se um assunto exclusivamente médico-hospitalar. Nos hospitais privados, as taxas de cesariana chegam a 90% enquanto a taxa recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de até 15%! Apesar disso, nossas taxas de mortalidade materna e infantil estão entre as maiores do mundo.
Em vários lugares do mundo, o parto é visto de uma forma muito natural e simples, e nem por isso levianamente. A separação dos partos por tipos aconteceu em decorrência do nosso sistema obstétrico ginecológica, a classificação ficou óbvia: "Parto Normal" ou "Cesariana". Não havia alternativa. Se a mulher não conseguia dar à luz nessas condições padronizadas, ia para a cesárea.No Brasil “o serviço particular cerca de 80% dos partos são cesáreas e 20% são normais”. Os motivos para o elevado índice do parto cesárea são por comodidade da mãe e do médico que controlam a situação do parto, marcando dia e horário para o nascimento, diferentemente do parto normal, em que a natureza determina o dia e horário.
Outro motivo é o financeiro. Muitas instituições privadas têm como objetivo o lucro em detrimento de assistência e, portanto o parto cesárea é mais lucrativo.