Hoje em dia, praticamente não nasce nenhuma criança sem os pais terem ouvido o batimento de seu pequeno coração, visto a sua movimentação no útero ou tendo uma “foto” de seu rosto impressa em cores amareladas ou cinza. Tudo graças à tecnologia moderna, à ultassonografia.
A sofisticação tecnológica permite, atualmente, que o ginecologista e o obstetra consigam acompanhar com precisão a evolução do feto durante toda a gravidez. Identificam a eventual ocorrência de problemas constitucionais com o bebê, com a placenta e com a mãe grávida, muito antes de sintomas ou sinais de desastre. Em algumas ocasiões, permitem até a realização de cirurgias intraútero para a correção de problemas congênitos. Mas persiste uma pequena dúvida na cabeça de todos. Será que esse tipo de ultrassom não é perigoso? Será que não faz mal ao feto?
Um estudo recentemente publicado por pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, avaliou o desenvolvimento e a performance escolar e intelectual de 4.458 adolescentes daquela região. As crianças foram separadas em dois grupos. Aqueles que foram submetidos à ultrassonografia durante a gravidez, pelo menos uma vez no segundo semestre, e os adolescentes que não foram expostos a esse exame durante sua vida uterina.
No geral, os cientistas não conseguiram detectar diferenças significativas entre os dois grupos em relação à performance escolar. No quesito de exercício físico, parece que os meninos submetidos à ultrassonografia durante o segundo trimestre da gravidez tiveram performance levemente inferior, quando comparada ao outro grupo. Mas também essa diferença não foi significativa. Concluíram os cientistas que o uso razoável de ultrassonografia durante a gravidez não tem impacto significativo sobre a aptidão escolar dos adolescentes no futuro. O uso razoável. Ninguém sabe avaliar, contudo, as consequências de se tirar uma sequência de fotos do herdeiro com ultrassom.
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